Olimpíada Existencial ... Aventura de viver
A vida é mistério... Viv er é algo inexplicável, por mais que os racionalistas tentem achar a existência logicamente explicável.
O homem não é uma simples criatura, fabricada aleatoriamente apenas para existir... Tudo ao nosso redor, comprova que o homem possui algo mais... que o diferencia dos outros animais. As artes, os esportes, as construções, as escolas, as guerras , enfim, a vida só é vida, porque o homem nela está. Existe sempre algo oculto nas atitudes , um valor intrínseco, projetado pelo homem. Por isso tudo o que nos rodeia é simbólico.
Segundo Roland Barthes ( apud TÁVOLA,1985) `` o mito é a transformação de um sentido em forma` .
Durante os jogos olímpicos pudemos perceber como o mito da perfeição, da boa forma, do vencer estão presentes em nossa vida, nas mínimas coisas que fazemos.
E por que é tão importante ser o número l ? Por que é tão importante vencer? Por que a beleza é tão exaltada em nossa sociedade?
Nos colocamos no lugar do herói, ele é tudo aquilo que no cotidiano não conseguimos ser, vitorioso, glamouroso, rico, poderoso, um vencedor.
É inerente ao homem então, a idéia de vencer, de lutar, de superar obstáculos e problemas, porque a vida é um chamado a esclarecer o que é inexplicável, a vencer o que é difícil, a superar nossos próprios limites. O ser humano peleja para equilibrar os seis elementos constitutivos da mitologia,` ( o eros o princípio do amor, o logos- o princípio do conhecimento , o ethos- o princípio da ética quando agindo no mundo, o théos- o principío da divindade, a psyche – o princípio da alma, do psiquismo, o pathos- o homem incompleto e por isso doente, reduzido, herança de taras e loucuras ...'( TAVOLA, 1985) . Equilibrá-los significa lutar muito, daí o herói, conhecer-se aos poucos, sofrer para a liberdade.
O ser humano tem duas propostas de vida: viver como se estivesse apenas passando por aqui, comendo, divertindo-se , construindo coisas ou , como é o caso do herói, enfrentando obstáculos, decifrando enigmas, procurando o que para muitos é inalcançável. Vivendo uma vida mais significativa. ` Decifra-me ou te Devoro ` .
Eis aí, o que é bonito de se ver no mundo dos esportes... o importante é a competição não o prêmio final ( embora, para a nossa sociedade, duvidamos que isto seja mesmo verdade).
Quando ouvi Daiane dos Santos ontem, no programa da Hebe, falando humildemente que` o mundo do esporte é feito de tentativas, que se todos soubessem quem seria o vencedor seria sem graça a competição. ` senti orgulho de sermos gente, de não sermos número um todo o tempo, mas sermos dotados de tal inteligência que nos leva a ser livres o bastante para não nos escravizarmos pelos primeiros lugares, mas sim, abrir nosso caminho, entre outros tantos que também concorrem ao prêmio.
Quem não se emocionou ao ver .Vanderley chegando em terceiro lugar, sendo atingido abruptamente por um batedor de medalhas, e mesmo assim, em sua humildade, todos o consideraram como o verdadeiro vencedor.Isto porque, agregado ao seu terceiro lugar, veio sua personalidade, sua história de vida, um brasileiro, humilde como eu e você mas que ousou competir; estava lá mostrando que é capaz.
Isso resume o sentido de viver, viver é buscar, é correr, é tentar alcançar o inatingível , o que está oculto, o que é difícil. Por isso quem não sonha, já perdeu metade da corrida. O primeiro passo para se chegar a algum lugar é almejar, é querer.
Se pudéssemos enumerar os heróis diários do cotidiano duro das favelas, tentando sobreviver, acreditando na ética do amor cristão. Se houvesse lugar nas páginas dos jornais para os professores – heróis, que dia a dia em suas salas de aula, conversam para uma platéia que muitas vezes nem o ouve,perdendo as batalhas do imediato, mas vencedor nas batalhas da pa ciência e superação de obstáculos.
Que dizermos então, dos soldados anônimos que têm perdido a vida ao capturarem bandidos que serão absolvidos, pela caneta de ouro de uma autoridade corrupta e de um sistema penal falido?
A sociedade é devedora de medalhas de ouro a tantos brasileiros que lutam por um ideal, mesmo sabendo que o que prevalece é a corrupção, o toma –lá- dá-cá , de um sistema social baseado em corrupção e troca de favores. Tantos da Silva, Pereiras, Souzas, lutando para sobreviver sem se rebaixarem aos que estão subersivamente, numa posição de autoridade. Marias, Terezas, Anas que para trazerem o pão para casa tem que correrem uma maratona existencial de lutas e humilhações de porta em porta a procura de um emprego, de saúde para os filhos, de uma educação de qualidade...
Felizmente, os sonhadores e idealistas mesmo sabendo das contradições do viver, são coroados com os louros da satisfação interior, da paz de espírito que só os puros podem ter. Correm numa olimpíada onde o prêmio maior é o SER e não o TER. Vivem aqui nesta terra olhando para o invisível, não esperando os aplausos humanos, mas a recompensa maior de servir bem ao outro.
Na olimpíada da vida, esses heróis anônimos ao superar a vaidade, o desprezo, os maus tratos a indiferença alheia, aprenderam que nem sempre os primeiros são os melhores e os últimos os piores. Livres interiormente, não querem ser heróis de uma corrida podre querem sim, correrem a boa corrida , investindo o melhor de seus esforços e talentos na corrida para o aperfeiçoamento do ` EU ` e sendo livres, mesmo não tendo nada, terão tudo o que precisam para serem vencedores – a liberdade de ser um homem integral à imagem e semelhança de seu Eterno Criador.
A vida é mistério... Viv er é algo inexplicável, por mais que os racionalistas tentem achar a existência logicamente explicável.
O homem não é uma simples criatura, fabricada aleatoriamente apenas para existir... Tudo ao nosso redor, comprova que o homem possui algo mais... que o diferencia dos outros animais. As artes, os esportes, as construções, as escolas, as guerras , enfim, a vida só é vida, porque o homem nela está. Existe sempre algo oculto nas atitudes , um valor intrínseco, projetado pelo homem. Por isso tudo o que nos rodeia é simbólico.
Segundo Roland Barthes ( apud TÁVOLA,1985) `` o mito é a transformação de um sentido em forma` .
Durante os jogos olímpicos pudemos perceber como o mito da perfeição, da boa forma, do vencer estão presentes em nossa vida, nas mínimas coisas que fazemos.
E por que é tão importante ser o número l ? Por que é tão importante vencer? Por que a beleza é tão exaltada em nossa sociedade?
Nos colocamos no lugar do herói, ele é tudo aquilo que no cotidiano não conseguimos ser, vitorioso, glamouroso, rico, poderoso, um vencedor.
É inerente ao homem então, a idéia de vencer, de lutar, de superar obstáculos e problemas, porque a vida é um chamado a esclarecer o que é inexplicável, a vencer o que é difícil, a superar nossos próprios limites. O ser humano peleja para equilibrar os seis elementos constitutivos da mitologia,` ( o eros o princípio do amor, o logos- o princípio do conhecimento , o ethos- o princípio da ética quando agindo no mundo, o théos- o principío da divindade, a psyche – o princípio da alma, do psiquismo, o pathos- o homem incompleto e por isso doente, reduzido, herança de taras e loucuras ...'( TAVOLA, 1985) . Equilibrá-los significa lutar muito, daí o herói, conhecer-se aos poucos, sofrer para a liberdade.
O ser humano tem duas propostas de vida: viver como se estivesse apenas passando por aqui, comendo, divertindo-se , construindo coisas ou , como é o caso do herói, enfrentando obstáculos, decifrando enigmas, procurando o que para muitos é inalcançável. Vivendo uma vida mais significativa. ` Decifra-me ou te Devoro ` .
Eis aí, o que é bonito de se ver no mundo dos esportes... o importante é a competição não o prêmio final ( embora, para a nossa sociedade, duvidamos que isto seja mesmo verdade).
Quando ouvi Daiane dos Santos ontem, no programa da Hebe, falando humildemente que` o mundo do esporte é feito de tentativas, que se todos soubessem quem seria o vencedor seria sem graça a competição. ` senti orgulho de sermos gente, de não sermos número um todo o tempo, mas sermos dotados de tal inteligência que nos leva a ser livres o bastante para não nos escravizarmos pelos primeiros lugares, mas sim, abrir nosso caminho, entre outros tantos que também concorrem ao prêmio.
Quem não se emocionou ao ver .Vanderley chegando em terceiro lugar, sendo atingido abruptamente por um batedor de medalhas, e mesmo assim, em sua humildade, todos o consideraram como o verdadeiro vencedor.Isto porque, agregado ao seu terceiro lugar, veio sua personalidade, sua história de vida, um brasileiro, humilde como eu e você mas que ousou competir; estava lá mostrando que é capaz.
Isso resume o sentido de viver, viver é buscar, é correr, é tentar alcançar o inatingível , o que está oculto, o que é difícil. Por isso quem não sonha, já perdeu metade da corrida. O primeiro passo para se chegar a algum lugar é almejar, é querer.
Se pudéssemos enumerar os heróis diários do cotidiano duro das favelas, tentando sobreviver, acreditando na ética do amor cristão. Se houvesse lugar nas páginas dos jornais para os professores – heróis, que dia a dia em suas salas de aula, conversam para uma platéia que muitas vezes nem o ouve,perdendo as batalhas do imediato, mas vencedor nas batalhas da pa ciência e superação de obstáculos.
Que dizermos então, dos soldados anônimos que têm perdido a vida ao capturarem bandidos que serão absolvidos, pela caneta de ouro de uma autoridade corrupta e de um sistema penal falido?
A sociedade é devedora de medalhas de ouro a tantos brasileiros que lutam por um ideal, mesmo sabendo que o que prevalece é a corrupção, o toma –lá- dá-cá , de um sistema social baseado em corrupção e troca de favores. Tantos da Silva, Pereiras, Souzas, lutando para sobreviver sem se rebaixarem aos que estão subersivamente, numa posição de autoridade. Marias, Terezas, Anas que para trazerem o pão para casa tem que correrem uma maratona existencial de lutas e humilhações de porta em porta a procura de um emprego, de saúde para os filhos, de uma educação de qualidade...
Felizmente, os sonhadores e idealistas mesmo sabendo das contradições do viver, são coroados com os louros da satisfação interior, da paz de espírito que só os puros podem ter. Correm numa olimpíada onde o prêmio maior é o SER e não o TER. Vivem aqui nesta terra olhando para o invisível, não esperando os aplausos humanos, mas a recompensa maior de servir bem ao outro.
Na olimpíada da vida, esses heróis anônimos ao superar a vaidade, o desprezo, os maus tratos a indiferença alheia, aprenderam que nem sempre os primeiros são os melhores e os últimos os piores. Livres interiormente, não querem ser heróis de uma corrida podre querem sim, correrem a boa corrida , investindo o melhor de seus esforços e talentos na corrida para o aperfeiçoamento do ` EU ` e sendo livres, mesmo não tendo nada, terão tudo o que precisam para serem vencedores – a liberdade de ser um homem integral à imagem e semelhança de seu Eterno Criador.
Ref. Bibliográfica
TÁVOLA, Artur. Comunicação é Mito. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985.
Obed Rodrigues de Souza / Professora de Inglês
Obed Rodrigues de Souza / Professora de Inglês
